REPENSANDO A RELAÇÃO ENTRE LOJISTAS E EMPREENDEDORES DE SHOPPINGS

É PRECISO ABANDONAR O MODELO IMOBILIÁRIO NO VAREJO

“Se os seus sonhos não te assustam, eles não são grandes o suficiente para seu crescimento”
Na recente Agenda de Davos, Julie Sweet, CEO global da Accenture, disse: “A sustentabilidade é o novo digital”. Ela citou uma pesquisa da Accenture que descobriu que empresas que adotam tecnologia e sustentabilidade têm 2,5 vezes mais chances de serem líderes de amanhã. “Em 2025, falaremos sobre como todo negócio é um negócio sustentável.”
Na visão dela, o foco de que ser sustentável não significa que a empresa deva lucrar menos. Ela diz o contrário, “Ser um negócio sustentável torna-o mais rentável e bem-sucedido,”
Com esta mudança de foco, as relações entre lojistas e empreendedores deverão ser revistas e o que era apenas um relacionamento imobiliário, deverá se tornar uma parceria societária, baseada no resultado do negócio, passando o empreendedor de proprietário a sócio…
Sendo assim, todos os stakeholders, envolvidos no processo, tanto dos varejistas como dos empreendedores, deverão ir além além do relacionamento tradicional de transações financeiras e de locação e construir um relacionamento simbiótico onde eles visam e atendem os consumidores juntos.
Varejistas e empreendedores podem se associar para atingir um objetivo comum: ELEVAR A EXPERIÊNCIA DE COMPRA.
Para isso é necessário ser criativo com as contratações de lojistas.
Dado o estado atual do varejo e o foco em um modelo omnichannel, proprietários e lojistas devem trabalhar juntos para alinhar interesses e compartilhar riscos de negócios. Os empreendedores podem rever suas expectativas de receitas, baseado em pesquisas de mercado que indiquem o potencial de consumo de seu shopping, e implantar um modelo de custo de ocupação híbrido, que inclui componentes fixos e variáveis. … Um pagamento fixo mais baixo pode oferecer alívio aos varejistas durante períodos de desempenho em declínio e melhorar a retenção de inquilinos, enquanto a variável baseada em vendas pode ajudar a alinhar os interesses de ambas as partes para maximizar o tráfego de pedestres e as vendas.
O shopping não está morto, mas pode precisar ser reimaginado. Promovendo experiência ao cliente, empreendedores e varejistas podem unir forças para oferecer valor excepcional de longo prazo aos clientes.
Mas é preciso reformular o papel do shopping center para servir a múltiplos propósitos:
• Impulsionar uma maior personalização no mix de lojas;
• Desenvolver um novo modelo de locação que capture o valor derivado de novos modelos de negócios;
• Mas para que tudo isso seja possível, varejistas e empreendedores devem trabalhar juntos de maneiras novas e fundamentais.
Certas preferências de compras provavelmente permanecerão.
Pós pandemia, os consumidores podem nunca mais comprar como antes.